terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Carro-cama


Foi assim:
encontrei primeiro os olhos dele.
Logo vi que ele estava a fim.
Quis chegar mais perto para cheirar minha pele.
E ele cheirava a capim,
ou talvez fosse só minha vontade de rolar pela grama
com ele em mim.
Me senti, por um momento, vadia, que só pensava em cama...
Mas foi assim...
Chegou perto e me beijou como se fosse na grama,
com liberdade, enfim,
de quem ama.
Não satisfeito enroscou-se na minha cintura
e foi então uma sucessão de ais...
No motel ele foi glicerina pura!
Ainda na garagem, queria demais!
Me deixou só de sapatos de salto
e em ânsias, transcedentais,
me encostou contra o vidro do carro
me levantou mais.
Colocou meus pés contra a parede
e ficou no meio das pernas em carícias originais!
Gostei de ser tal qual rede
balançando aos prazeres carnais...
Em seguida ele me virou de costas
e, no capô, deleitou-se demais
teve cama e mesa postas
e me deu orgasmos geniais!
A sobremesa foi no quarto.
Beijos, boquete, sentadas vaginais,
suor, saliva por todo lado,
foi então que ele buscou prazeres anais.
Me bateu na cara
enfiou demais,
disse que era sua tara.
Doía e, mesmo assim, ele queria mais
Meteu ainda mais sua vara
e eu, de quatro, me sentia uma puta de cais.
Gozei gostoso, gritei!
Ainda hoje, quando lembro dessa paz,
sinto de novo a umidade do prazer que dei e ganhei
e que, ainda, tem mais...

2 comentários:

Filipe Simplesmente disse...

há marcas que dificilmente saem... e outras que saem com uma simples limpeza
:)

Fogo-fátuo disse...

Sim, marcas na memória ficam para sempre... Ah e só pra esclarecer, o carro da pessoa não estava nessa sujeira rsss. Essa foto é pra ilustrar rss.