Estava aberta como um livro e ainda era madrugada
quando o sol do teu tesão apareceu.
Veio me folheando de língua tarada.
Enfiou os dedos em tudo no meu corpo que é seu.
Nem precisou falar nada.
Veio de longe fazer o que prometeu.
Me beijar a boca aguada
Me deixar inebriada como Ariadne, de Teseu.
Veio de boca gulosa e tarada
me deixar eletrificada de sentir que você é meu.
Me deu muitas estocadas
com teu pau de fogo, roubado dos deuses, assim como Prometeu.
Depois me deixou marcada e melada
de todo o gozo que me meteu...
Quando a noite já não era mais nada
você desapareceu.
Hoje te espero de novo, bem safada,
como tarada Julieta, à espera de um tesudo Romeu...
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